- Ora bom dia meu
amigo José Lino, que bom voltar a vê-lo. – Faz sinal aos homens que o
acompanharam para que os deixassem sozinhos. – Da última vez que nos vimos as
posições eram diferentes, você tinha um ar arrogante, trazia homens armados e
praticamente nem me deixou falar e eu até tinha trazido as pessoas mais
tolerantes e sensatas da minha equipa, mas como não funcionou hoje trouxe
outras pessoas.
- Você é louco se
pensa que isto vai ficar assim.
Gustavo soltou uma
gargalhada espontânea e parecia divertir-se imenso com a situação.
- Então, diga-me o
que vai acontecer, vem a polícia salvar-vos? o Estado? Alguma organização ou
partido de esquerda que apoia minorias étnicas?
José Lino sentiu-se
frustrado, Gustavo tinha razão, não havia ninguém que podia ajuda-lo, estava a
mercê de um louco que tinha acabado de fazer um ato atroz ao seu povo e podia
estar perto de assistir a uma chacina, preferiu ficar calado e ouvir o que
aquele desequilibrado teria para contar-lhe, mas antes esclarecer um ponto.
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