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6/27/2015

Cap. 5 - A ESPERA


Era evidente que o ambiente que se vivia naquela casa era de alegria e satisfação, de relaxamento e amizade, o único elemento discordante era Gustavo, que via passar mais um dia sem qualquer ataque e via pelas notícias que aos poucos a sociedade se ia acalmando. Não estava feliz, estava sim preocupado que não houvesse ataque ou pior que o ataque fosse daqui a muito tempo. A presença dos seus sogros também não ajudava, não gostava deles, eram demasiado simplórios e ignorantes e as constantes afirmações onde ridicularizavam as suas compras, estavam pô-lo à beira de um ataque de nervos.

Gustavo dormiu mal durante a noite e quando acordou de manhã tudo estava igual, a única diferença era alguma chuva que caía. Durante todo o dia olhou para céu à espera que algo acontecesse, mas do céu só caiam umas gotas que faziam que o cheiro proveniente da terra fosse diferente. A televisão dava conta que começavam a abrir as lojas, centro comerciais e hipermercados em Lisboa e no resto do mundo a situação acalmava-se. Marta falou ao telefone com o seu chefe e este tinha-lhe dito que segunda-feira retomariam a produção. Logicamente que Marta informou o seu marido que amanhã, domingo, teriam de voltar à sua casa. Os seus sogros já estavam a fazer as malas, amanhã de manhã já se iriam para Barrancos, apenas queriam ir visitar uma prima de Maria em Castelo Branco e depois partiriam. Gustavo sentia-se derrotado, não podia fazer nada para que a sua família continuasse ali, mais que isso, sentia-se dececionado com os extraterrestres que tinham ameaçado e que não tinham cumprido com a ameaça. Além disso, já não suportava as piadas dos seus sogros em relação aos animais que estavam no quintal.

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